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No Acre, Justiça determina júri popular para suspeitos de decapitar mulher e filmar crime


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André de Souza Martins e Luciele Souza do Nascimento vão ser julgados em um júri popular pela morte de Débora Freitas Bessa. A dupla foi pronunciada pela Justiça do Acre, no último dia 7, e vai ser julgada em 2019.

Os dois são suspeitos de esquartejar e filmar a morte da jovem, encontrada morta após desaparecer em janeiro deste ano em Rio Branco. Durante apresentação na Divisão de Investigação Criminal (DIC), Martins confessou que matou Débora por vingança.

Um vídeo bárbaro em que Débora aparece sendo decapitada enquanto ainda estava viva foi usado pela polícia para identificar a autoria do crime. As imagens vazaram em grupos de WhatsApp e acabaram viralizando.

Ao G1, a prima de Débora e acadêmica de enfermagem, Priscila Freitas, de 23 anos, contou que a família espera pena máxima para os acusados. Segundo ela, os familiares esperavam que os menores apreendidos no crime cumprisse pena mais severas.

“Torcíamos pelo júri popular. Que tenha pena máxima, não só para os maiores, mas também para os menores. Estamos muito indignados com a sentença que deram para os menores. Vão cumprir pena, mas um deles já tinha 17 anos e seis meses e, mesmo assim, vai cumprir pena socioeducativa”, lamentou.

O Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) negou o direito dos acusados recorrerem em liberdade. Cinco testemunhas foram ouvidas na pronúncia.

A 1ª Vara do Tribunal do Júri está responsável pelo caso. O julgamento de Martins e Luciele deve ocorrer entre março e abril de 2019.

Após quatro dias desaparecida, Débora Bessa foi encontrada morta e esquartejada em Rio Branco — Foto: Arquivo da família

Após quatro dias desaparecida, Débora Bessa foi encontrada morta e esquartejada em Rio Branco — Foto: Arquivo da família

Sem motivação

Priscila revelou também que até o momento a família não sabe a verdadeira motivação do crime. Em entrevista durante a prisão, André Martins chegou a revelar que matou Débora por vingança. De acordo com Priscila, a família de Déborra descobriu que o irmão do acusado cometeu suícidio.

“Foi uma morte muito brutal e cruel, para qualquer pessoa. Não deram uma justificativa clara, ele falou em entrevista que foi por causa da morte do irmão dele, mas foi confirmado que o irmão dele não foi assassinado. Esperamos que nesse júri a gente tenha um entendimento do que realmente aconteceu e qual foi o real motivo”, lamentou.

Audiência de instrução

Em junho deste ano, André Martins e Luciele Nascimento participaram de uma audiência de instrução. Oito pessoas foram ouvidas, entre eles os acusados. Segundo a Justiça, Luciele deu um longo depoimento e negou envolvimento no crime. Já André Martins ficou calado durante o interrogatório.

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